Nos 144 municípios paraenses atendidos pela
Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater), o
sentido de uso sustentável da floresta está presente. Mesmo incentivando o
desenvolvimento da agricultura familiar no Pará, as boas práticas no meio
ambiente e o uso responsável e consciente das áreas verdes andam atrelados aos
trabalhos dos técnicos em campo. Fato este que respalda a Empresa a comemorar
nesta quinta-feira, 17, o Dia de Proteção às Florestas, data sinalizada pelo
Ministério do Meio Ambiente (MMA).
Para o coordenador técnico da Emater, o
engenheiro florestal Marcio Nagaishi, essa é uma data importante que merece
reconhecimento, já que o que é passado para o pequeno produtor, principalmente
àqueles que vivem em áreas de floresta nativa, é que o uso sustentável desses
espaços se diferencia do uso predatório e se distancia da preservação total.
“As comunidades tradicionais podem e devem viver das florestas, produzindo em
sistemas agroflorestais ou nos manejos, para que assim o solo não seja usado de
forma incorreta, devastando e desequilibrando o meio ambiente”, ressaltou.
Este é o caso dos projetos desenvolvidos pela
Emater no município de Afuá, arquipélago do Marajó, de manejo de açaí nativo. A
viabilidade do projeto comprova-se na estimativa de um aumento de 50% da
produtividade do fruto, o que vai garantir uma maior porcentagem de lucro para
as famílias.
Segundo a técnica em agropecuária Darcileide
Correa, que acompanha o trabalho in loco, no manejo florestal das áreas atendidas
é usado o mesmo cronograma que consta no Programa Nacional de Fortalecimento da
Agricultura Familiar (Pronaf) Floresta, pois insere no manejo dos açaizais, a
preservação das madeiras de lei e das oleaginosas, como as árvores de pracaxi e
andiroba.
Da mesma forma acontece nos projetos
desenvolvidos pela Emater no município de Bagre, onde também é realizado o
manejo de açaizal nativo, que tem contribuído para a preservação de outras
espécies nativas importantes, tais como as essências florestais, andiroba -
madeira e fruto –, seringueiras e cacau.
Ainda segundo Nagaishi, o trabalho do
extensionista rural se faz de extrema importância neste contexto, pois é ele
que leva o conhecimento ao produtor rural no sentido do uso dos recursos
madeireiros e não madeireiros de forma sustentável.
Fonte: AGPA.