NOTÍCIAS
27/02/2015
Variados
PROGRAMA DE QUALIDADE QUER PASTEURIZAR O AÇAÍ.
 

O grupo de trabalho que integra o Programa Estadual de Qualidade do Açaí (Peqa) reuniu-se ontem na Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap), para discutir  a pasteurização, ante a repercussão negativa para o Estado  de uma possível contaminação do produto, exportado a  mercados nacionais e internacionais. Nova reunião com representantes das indústrias avaliará proposta a ser enviada à Câmara Técnica do Açaí, segundo a Agência Pará.

Os Estados Unidos são os únicos que exigem a pasteurização do açaí, que elimina qualquer contaminação. O mercado brasileiro não aceita o açaí pasteurizado por causa da alteração de cor e sabor, por isso grande parte das agroindústrias paraenses não investe no equipamento, que custa em torno de R$ 130 mil.

A indústria Petruz de Castanhal é uma das poucas que exporta açaí para o exterior, 60% pasteurizado e 40% sem pasteurização para o Rio de Janeiro e São Paulo. “Pasteurizar cada quilo de açaí custa 10 centavos mais caro”, informou o empresário Nivaldo Santos, do grupo Petruz.

A discussão sobre a pasteurização decorreu do caso Everton Costa. O ex-jogador do Vasco teve uma arritmia cardíaca em abril do ano passado, mas só agora foi divulgado que o problema foi consequência da doença de Chagas transmitida pelo “barbeiro”, encontrado no fruto do açaizeiro.

“Precisamos evitar uma determinação do Ministério da Agricultura. Não será fácil desconstruir uma imagem negativa para o Estado”, alertou o gerente de fruticultura da Sedap, Geraldo Tavares. A presidente do Sindicato das Indústrias de Frutas e Derivados do Pará (Sindfrutas), Solange Mota, acredita que o problema são as agroindústrias clandestinas. “É preciso trabalhar melhor a questão cultural sobre o sabor”, ponderou Solange.

Durante a reunião ficou claro que a maioria dos batedores não cumpre as boas práticas de manipulação. A Vigilância Sanitária constatou que muitos dos que receberam o branqueador do governo não têm estrutura para funcionar ou usam inadequadamente e alguns tentaram vender o equipamento. Dos 100 batedores beneficiados, só 40 recebeu o selo de qualidade, referência ao consumidor sobre onde comprar açaí com segurança. A prefeitura de Belém é responsável por criar campanha publicitária para divulgar a importância do selo de qualidade do açaí.

Fonte: O Liberal.

Comunicação/AMAM
 
  
 
« Voltar
 
 
Associação dos Municípios do Arquipélago do Marajó
End: Travessa 3 de maio, 2389
Cremação - Telefone: (91) 3213-8000