A empresa Tapajós fez na manhã desta
quinta-feira (8) o terceiro teste da viagem Belém-Soure em uma lancha rápida. A
empresa do grupo Ouro e Prata, do Rio Grande do Sul, está estabelecida há dez
anos na região oeste do Pará, com sede em Santarém. A lancha fez a viagem de ida
para Soure em duas horas, e de volta a Belém em uma hora e 55 minutos. Os
testes estão sendo feitos para que seja avaliada a viabilidade do
estabelecimento de uma linha de transporte ligando Belém a Soure e Salvaterra,
no Marajó.
Participaram da viagem teste os titulares das
Secretarias de Turismo (Setur), Adenauer Góes; de Transporte (Setran), Kleber
Menezes; de Ciência, Tecnologia e Educação Técnica e Tecnológica, Alex Fiuza de
Melo; e o diretor da Agência de Regulação e Controle de Serviços Públicos do
Pará (Arcon), Andrei Gustavo Castro, além de prefeitos, vereadores e
empresários da região do Marajó e operadores de agências de turismo que atuam
no Estado.
A empresa Tapajós, que venceu o processo
licitatório, começa a se adequar às demandas que fazem parte da viagem. A
lancha é feita em fibra de carbono, com dois cascos, tem capacidade para 132
passageiros sentados, poltronas confortáveis, serviço de bar e lanche, internet
com Wi-fi e todos os itens de segurança. O início da linha ligando a capital Belém
à ilha do Marajó está previsto para o início de dezembro deste ano.
A próxima etapa do processo é a construção de
dois portos de atracação ou terminais hidroviários em Soure e Salvaterra. A
ideia é que a lancha saia de Belém, faça uma parada inicial em Salvaterra e
outra em Soure, sem a necessidade de usar balsa para atravessar o rio Paracauari,
que banha as duas cidades.
Adenauer Góes diz que a lancha rápida não vai
prejudicar as outras empresas que já fazem a linha Belém-Marajó. “Essa lancha é
um antigo sonho do trade turístico do Estado, que começamos a ver se tornar
realidade. Isso em nada vai prejudicar os outros negócios daqui. Esse serviço
vem somar ainda mais e trazer um transporte de qualidade e mais ágil aos nossos
amigos marajoaras”, disse o secretário.
A Arcon fiscaliza todo o processo de
licitação, conduzido pela Setran, como o poder concedente. “Em dezembro, a
empresa Tapajós começa a operar e tem seis meses, prorrogados por mais seis
meses, para se adequar às necessidades dessa linha de transporte. Depois de um
ano, a linha ganha a concessão oficial de operar nesse trecho. O que mais
importa é que teremos transporte de qualidade e com muita segurança”, explicou
Andrei Castro.
O diretor da Arcon também lembrou o apoio que
o governo do Estado, por meio da Arcon e Setran, tem recebido de entidades
constituídas da região, como o movimento Acorda Marajó, que fiscaliza e faz reivindicações
ao poder público.
Aeroporto - Para Kleber Menezes, o transporte
rápido para o Marajó é uma reivindicação de muitos anos e que começa a se
tornar realidade. “A intenção do Governo do Estado é a interligação de todo o
arquipélago do Marajó. Também viemos vistoriar as obras de revitalização do
aeroporto de Soure, que se iniciam em breve, com a recuperação da cerca
protetora do entorno e o balizamento da pista para que o aeroporto possa
receber voos noturnos”, informou o titular da Setran. “Isso é o início para
tenhamos uma linha de pequenos aviões que interliguem todo o arquipélago, mas
para isso precisamos contar com empresariado que é quem vai dar a palavra final
sobre a viabilidade dessa linha”, completou.
O diretor de operação da empresa Tapajós,
Carlos Bernaud, está confiante no sucesso da operação da linha. “Temos uma
larga experiência em transporte hidroviário. Nossa empresa começou as operações
em 1939, no Rio Grande do Sul. Estamos há dez anos em Santarém e adjacências,
sempre com grande e elogiada atuação. Estamos confiantes de que podemos oferecer
um bom serviço de transporte, com qualidade, conforto e segurança, e também com
mais rapidez”, disse.
Fonte: AGPA.