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25/08/2016
Variados
ARTISTA PLÁSTICA MOSTRA O MUNDO MARAJOARA EM EXPOSIÇÃO NA FIEPA.
 


Foi aberta ontem de manhã a Exposição Memória Marajoara, da artista plástica Lise Lobato, no Espaço Cultural da Federação das Indústrias do Estado do Pará (Hall do Sistema Fiepa). A mostra, que ficará aberta ao público até o dia 13 de setembro, sempre no horário das 8 às 20 horas, apresenta 25 obras que vão de peças em cerâmica a desenhos e objetos que retratam o universo concreto e místico do arquipélago do Marajó. A exposição também comemora os 16 anos de trabalho da artista paraense que se criou na ilha.

Segundo Lisa Lobato, para compor a exposição, ela também apresenta trabalhos inéditos e obras antigas já vistas por ocasião da exposição “Meu Quintal é do Mundo”, que procurou traduzir a arqueologia da cerâmica marajoara, assim como os antigos desenhos exibidos na mostra individual “Nas Águas do Arari”, na qual a artista retratou o universo dos peixes do Rio Arari. A artista explica que procura mostrar um pouco dessa identidade e dos trabalhos apresentados em 16 anos de atividades, inspiradas no seu mundo desde o começo de sua vida, já que cresceu na fazenda de seu pai, no Marajó. 

Lisa Lobato conta ainda que o título da exposição faz referência ao arquipélago, temática sempre presente em sua obra, pois desde criança ela possui uma ligação forte com a arte marajoara. “Fui criada e passei parte de minha vida, infância e adolescência na fazenda. Dentro da fazenda tem um sítio arqueológico da quarta ocupação da fase marajoara e desde criança fui vendo esses artefatos aflorando da terra preta e contando histórias. Assim foi criado meu universo estético”, explicou. Ainda segundo a artista, o Marajó tem um infinito universo estético e visual, sendo, deste modo, um lugar para se fotografar na memória. “É o lugar afetivo onde pesquiso, observo e transformo, materializando a ideia, o pensamento”, acrescentou.

Lisa Lobato começou conseguindo incluir trabalhos selecionados em salões para novos artistas paraenses e logo alcançou outros lugares do Brasil. Além da temática do Marajó, outra característica comum entre os 25 trabalhos da nova exposição é a monocromia. “A unidade também é criada pela cor branca. Todos os trabalhos são brancos”, comentou. Por isso, com a junção desses elementos, a artista acredita que é possível proporcionar ao público uma exposição única e especial que, segundo diz, poderá encontrar uma trajetória que percorre o Marajó com um olhar poético e contemporâneo. “A exposição representa mais uma história que soma na minha trajetória. Me faz ter um olhar de fora e assim construo novas formas de pensar e de produzir. Uma individual sempre marca um processo, que é contínuo, e que na frente vai ser ressignificado”, concluiu a artista.

Fonte: O Liberal.

Comunicação/AMAM
 
  
 
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