Marinha do Brasil e Justiça Federal, com apoio da Associação
dos municípios do Arquipélago do Marajó (AMAM), deverão realizar, pelo segundo
ano, o juizado Itinerante em diversos municípios marajoaras, levando benefícios
a quem mais precisa, como auxílio doença, aposentadoria, exames médicos,
atenção a deficientes e distribuição de medicamentos.
Ao longo da expedição, realizada a bordo do Navio Auxiliar
Pará da Marinha do Brasil no ano de 2017, foram julgados 1.660 processos pelos
juízes federais Carina Senna, Lívia Cristina Peres, Airton Portela, Paulo
Máximo e Alcioni Alvim.
Além disso, foram 2.433 atendimentos realizados pela equipe
do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), 507 atendimentos realizados pelo
Tribunal de Justiça do Pará (TJPA) e 10.000 atendimentos médicos e
odontológicos realizados pela equipe de saúde da Marinha, que também realizou
ações de prevenção à saúde.
Ao final da itinerância, ação pioneira na região no ano
passado, a juíza federal Carina Senna, coordenadora dos Juizados Especiais
Federais do Pará e uma das idealizadoras do projeto, destacou que o trabalho
alcançou a parcela mais carente dos jurisdicionados das seções judiciárias do
Pará e Amapá que, pela primeira vez, tiveram acesso efetivo à Justiça Federal e
ao direito fundamental à previdência e assistência social. “Foi muito
gratificante e enriquecedor profissionalmente integrar a equipe de trabalho do
itinerante. Todos se empenharam para atender aos jurisdicionados da melhor
forma possível. Muitas vezes não concedendo aquilo que vieram buscar, porque
não tinham direito ao pleito, mas sempre procurando assegurar o mais amplo
acesso ao Poder Judiciário. A Justiça Federal se fez presente na Ilha do
Marajó.
Esse é o mesmo sentimento de quem foi atendido pelo mutirão
nos seis municípios marajoaras percorridos pela equipe: Soure, Muaná,
Curralinho, Breves, Portel e Afuá. Marília Tavares é representante da
Associação dos Municípios do Arquipélago do Marajó (Amam) e relatou que a
chegada da Itinerância foi muito importante para os moradores da região. “Foi
muito positivo por conta da presença da Justiça Federal no arquipélago do
Marajó, pois tem pessoas que para ter acesso a esses serviços precisam viajar
muito. Por exemplo, de Afuá para chegar até Belém ou Macapá são horas de barco
e nem sempre todo mundo tem recurso financeiro para ir até esses lugares.
Então, pra mim, que sou marajoara e percorro essa região, foi uma iniciativa
muito positiva e o início de uma grande parceria daqui pra frente com os
municípios do Marajó”, ressaltou.
Informações extraídas do: TRF1