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10/09/2018
Soure
CÍRIO É OPORTUNIDADE PARA IR AO MARAJÓ
 

Setur espera que 5 mil visitantes de outubro estiquem até Soure e Salvaterra.

O Círio de Nazaré é o maior evento turistico do Pará e deverá atrair cerca de 80 mil turistas este ano. A maioria deles são paraenses que aproveitam o evento para prestigiar a santa e retornar às suas casas. Apenas 26,4 mil (33%) são turistas que solicitam hospedagens e a maioria deles chega na sexta que antecede a grande procissão, e já retorna no domingo, no dia do Círio. Assim, poucos ficam para esticar mais dias no Pará. Dos que ficarem aqui, pelo menos cinco mil poderão procurar a ilha do Marajó como destino turistico, em especial Soure e Salvaterra. Na ilha, as atrações são as praias, com água doce e salgada; a característica do lugar, que na região oriental é de campos e, em época de seca, permite o passeio nas fazendas; e as belezas da natureza, como a fauna e flora; as lendas e a cultura marajoara; e a culinária. Os dados são resultado de estudos feitos pela Secretaria de Turismo do Estado do Pará (Setur-PA). Com isso, segundo Joy Colares, secretário adjunto da Setur-PA, o Círio de Nazaré atrai de forma residual turistas para a ilha do Marajó. “Em julho deste ano, houve aumento de procura pelo Marajó - Soure e Salvaterra - em 40% em relação ao ano passado. Mas o Círio ainda não atrai a quantidade de

turistas que a Setur deseja, porque, embora seja o maior evento turístico no Pará, ainda traz como público paraenses que retornam às suas casas e ficam nas casas de amigos e parentes. Para este ano esperamos 80 mil turistas em Belém. É a mesma expectativa do ano anterior em razão da crise econômica que o país vive. Essa é a visão mais otimista e igualar a quantidade de visitantes já é uma satisfação”, disse Colares. Ainda segundo ele, o órgão realiza ações de incentivo às empresas para aumentar a permanência do turista em Salinas e na ilha do Marajó, em especial Soure e Salvaterra, principais opções no Pará. “Estamos há dois anos fazendo um trabalho para que as empresas operadoras de turismo, especialmente de Belém, se apropriem da oportunidade dos turistas estarem na cidade e façam com que ele prolongue sua estadia, no mínimo, por mais dois dias aqui. As estatísticas mostram que a maioria dos turistas chega na sexta e já retorna no domingo. Para isso, ao longo do ano, trabalhamos com a divulgação em eventos turisticos e feiras, sites e redes sociais, fazendo convite à imprensa que escreve sobre turismo durante o Círio, para o qual convidamos 12 profissionais”. Alguns entraves para atrair o turista para Soure e Salvaterra, como o transporte, já foram superados e a Setur atua em parceria para buscar

novos atrativos. “A ilha do Marajó, que é nosso principal destino no Pará e o maior problema que tínhamos era em relação ao acesso, que era precário e lento. Porém, hoje já resolvemos isso com a disponibilidade de, no mínimo, cinco opções de lanchas rápidas e confortáveis para Soure e Salvaterra. Nosso desafio ainda é a infraestrutura na qualidade dos hoteis e urbana dessas cidades. Com a rodovia estadual repavimentada, que vai até Cachoeira do Arari, PA154, estamos desenvolvendo nesses três municípios (Soure, Salvaterra e Cachoeira do Arari) a rota do queijo do Marajó, para tentar conseguir a identificação geográfica, em parceria com Sebrae e Emater, para transformar isso em produto para ser comercializado no Brasil inteiro”, afirmou o secretário adjunto da Setur-PA.

CAPACITAÇÃO Ele citou também que a Secretaria possui programa que trabalha a capacitação da mão de obra local. “Atuamos em conjunto à população, que pode ser empregada nos restaruantes e hoteis, como guias turísticos, as fazendas desenvolverem hospedagem para os turistas que gostam do turismo ecológico e de fazenda, o turismo rural”. Aniello Gentile, presidente da Associação de Turismo do Marajó e vice-presidente do Foro Regional de Turismo do Marajó (Foremar), que existe há 18 anos, destacou que as entidades atuam em parceria com o órgãos federais, estaduais e municipais, para que não somente o período do Círio de Nazaré seja uma ocasião ao desenvolvimento do turismo em Soure e Salvaterra, mas ao longo do ano e também nos demais municípios da ilha (Afuá, Anajás, Bagre, Breves, Chaves, cachoeira do Arari, Curralinho, Gurupá, Melgaço, Muaná, Ponta de Pedras, Portel, Santa Cruz do Arari e São Sebastião da Boa Vista). “A região é procurada antes e depois do Círio tanto pela população local quanto turistas. O Círio é uma grande oportunidade para desenvolver a sustentabilidade na região para ajudar na geração de atividades que resultem em emprego e renda à população local. No entanto, precisamos também capacitar a população local e colocar todo o Marajó no mapa turístico, e não somente Soure e Salvaterra. Para isso, estamos em contato frequente com o Ministério do Turismo e a Setur, e precisamos do envolvimento das administrações locais também. Isso começa com a criação do Conselho Municipal de Turismo, que estamos construindo por meio de reuniões com esses entes e com diálogo com as empresas. Fazemos também planejamento e levantamento das características e atrativos de cada município. Mas, em geral, o potencial na ilha é a natureza e a gastronomia”, enfatizou Aniello Gentile.

Comunicação/AMAM
 
  
 
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