O cantor e compositor Ronaldo Silva (Arraial do Pavulagem)
abre o pré-carnaval com o novo show “Cachoeira Prateada”, hoje, no Apoena, a
partir das 22 horas. O evento traz a Belém a sonoridade musical da festividade
de São Sebastião, de Cachoeira do Arari, no Marajó, onde o músico, por meio do
Arraial do Pavulagem, promove há 11 anos o Cordão do Galo junto com a
prefeitura, Museu do Marajó e Irmandade do Glorioso São Sebastião. Ronaldo
promete uma noite dançante com roda de tambor mergulhado nos folguedos
populares com marchas, frevos, banguês, folias, rojões, cumbias, merengues e
salsas, todos autorais. Ele divide o palco com o Quinteto João Vianna, de
Cachoeira do Arari, com as participações especiais de Júnior Soares (Arraial),
Allan Carvalho e Bruno Benitez. O show também celebra os 61 anos de idade de
Ronaldo Silva. Além de ter sido reconhecido como Mestre da
Cultura Popular Brasileira, pelo Ministério da Cultura, 2018
foi um ano de muitas colheitas profissionais para esse artista, que, junto com
Júnior Soares, conquistou o Prêmio Grão de Música, em São Paulo, e participou
da Mostra Nacional do Serviço Social do Comércio (Sesc). “A Festividade de São
Sebastião é realizada há mais de 100 anos e foi reconhecida como Patrimônio
Imaterial Brasileiro”, destaca Ronaldo. O pai dele nasceu eu Cachoeira do
Arari, onde ele frequenta desde criança. “A gente teve a ideia de chamar o
Quinteto João Vianna para mostrar para a galera de Belém como é a sonoridade do
Cordão do Galo. Vamos reunir a comunidade do Marajó no Apoena”, destaca. “
Aquela região é cheia de ritmos interessantes.
Vai demorar um pouco para o Brasil descobrir o carnaval que é
praticado no Marajó”. “O Marajó é a cena do carnaval alternativo que migrou
para os interiores e estamos tentando trazer de volta, com músicas voltadas ao
ambiente carnavalesco, com som instrumental de carnaval tradicional. O cordão
do galo traz esse ritmo com linguagem contemporânea.” A Festividade de São
Sebastião acontece todos os anos entre os dias 10 a 20 de janeiro, em Cachoeira
do Arari, sendo marcado por três mastros (das mulheres, dos homens e das
crianças), que são erguidos no início da programação e retirados no
encerramento, além das canções regionais e dos brinquedos usados na folia. O
Cordão do Galo acontece sempre no domingo que antecede a derrubada desses
mastros. “Talvez seja a maior festa popular do Marajó”.
O Cordão do galo busca o fortalecimento da cultura da região
e a aproximação com os municípios próximos. “Esta é a oportunidade de mostrar
em Belém a sonoridade e algumas músicas que a gente fez para o Cordão de Galo.
Vamos fazer uma espécie de baile de pré-carnaval com essa sonoriadde marajoara
vai ser bem legal.”
Fonte: OLiberal