NOTÍCIAS DE AFUÁ
04/07/2012
Afuá
Marajó tem muitas atrações em julho
 

 Para quem anda entediado com as mesmices de Salinas e Mosqueiro, está na hora de buscar novas aventuras “al fiume”. É através das  águas dos rios que você poderá viver uma aventura extraordinária no arquipélago do Marajó, sejam na parte oriental, nas praias de Soure e Salvaterra; ao norte, onde está o município de Afuá, famoso pelo Festival do Camarão, que acontece no final de julho e ao oeste das ilhas, nos municípios de Breves e Portel, os mais povoados.

Breves possui cerca de cem mil habitantes e  tem uma farta programação nas férias quando recebe muitos turistas da região  e da nossa capital. O grande evento é o carnaval fora de época, chamado Marajó Folia, quando a cidade fica tomada de foliões que ainda assistem  ao concurso de Miss Verão, a apresentação de artistas e torneios esportivos. “A cidade praticamente  dobra sua população nesse período”, arrisca o prefeito Xarão Leão, que não poupa esforços para o sucesso do evento, responsável pelo aumento do dinheiro no comércio, hotelaria, restaurantes e setor de serviços. As ruas amplas e arborizadas da cidade com muitas praças fazem o carnaval  ficar ainda mais empolgante e seguro.  Para os interessados, todo final de tarde  grandes embarcações saem  de Belém para o município nos portos da Estrada Nova. A viagem é super agradável e de manhã cedo você está em terra.

Portel é o segundo maior município do Marajó com mais de 50 mil habitantes e seu Festival de Verão está na oitava edição. Ele é chamado de Arucará, nome que os indígenas batizaram essa região há séculos.  A prefeitura montou uma programação eclética reunindo eventos culturais como cinema e teatro, religiosos, diversas modalidades esportivas e shows de artistas de diferentes gêneros. Agora em julho a Assembleia de Deus inaugura seu templo, um dos maiores do Pará e certamente o maior do interior e por isso a cidade deverá receber centenas de evangélicos da capital e interior.  

Porém a sensação são as praias que rodeiam a cidade tendo a imensa baia de Portel à frente. A  praia, de areia fina e água límpida,  fica tomada de banhistas até o cair da noite, principalmente quando a lua está crescente ou cheia. O prefeito, Pedro Barbosa, investe muito no setor cultural, razão pela qual o município tem um museu com um acervo considerável e diversificado, um coral jovem com  mais de quarenta vozes, escolas com salas de aprendizado musical e muitos projetos educacionais como o Saberes da Terra, uma experiência de ensino revolucionária para moradores de áreas rurais. A maioria das embarcações que viaja para Breves chega até Portel que são cidades vizinhas. Ambas possuem bons hotéis com apartamentos completos com frigobar, aparelho de televisão e ar condicionado. E os restaurantes servem de peixe ao filé bovino. Mas o melhor é o açaí do grosso que nem em Belém você tem igual a somente quatro reais o litro e um camarãozinho regional a cinco reais o quilo. Essas mordomias, só o Marajó lhe oferece.

 Mas em termos de camarão, Afuá é o que há de melhor. Por isso a prefeitura realiza no final de julho o tradicional Festival do Camarão quando a cidade chega a receber 20 mil turistas, principalmente de Macapá, que fica a poucas horas de viagem por água. A prefeitura construiu o camaródromo, onde os camarões vermelhos, grupo denominado Pavulagem e o camarão verde, batizado de Convencido, se enfrentam na arena ao som de músicas regionais no melhor estilo dos Bois de Parintins e dos botos de Alter-do-Chão, em Santarém.Com ricas vestimentas, coreografias ousadas,  criatividade e muito ensaio dos grupos, a disputa é o ponto alto do Festival que esse ano vai de 26 a 28 de julho. O problema é chegar a Afuá, que exige 24 horas de viagem marítima ou mais rápida de avião, via Macapá e depois de barco. Mas as belezas da Veneza marajoara são muitas. Não existem carros, caminhões, sequer motos. Tudo é feito nas bicicletas que circulam pelas estreitas ruas de madeira, poucas em concreto, transportando gente, mercadorias, doentes, lixo e tudo mais.  Camarões, de todo tamanho e qualidade, pulam nos paneiros comercializados no mercado e nas esquinas da pequena cidade que não tem muitos hotéis, mas um povo carinhoso e hospitaleiro que recebe a todos de braços abertos, como, aliás,  toda a população marajoara.       

Santa Cruz do Arari é uma pequena cidade localizada na região central do Marajó, tendo à sua frente o Lago Arari, com 20 quilômetros de extensão. De lá sai o peixe mais famoso da região, o tamuatá, que dá nome ao festival que acontece em julho, com programação cultural e brincante. O prefeito Marcelo Pamplona quer transformar o Lago em área de preservação ambiental para evitar a pesca predatória, recuperar a mata ciliar e manter perene o lago que costuma praticamente secar no verão amazônico.

Soure e Salvaterra são os municípios do arquipélago com maior estrutura turísticas e mais próximas da capital. O porto de entrada da região é o de Camará, distante 20 quilômetros de Salvaterra e trinta de Soure, cidades vizinhas separadas pelas águas do rio Paracauari. Tanto se pode ir de balsa transportando o veículo ou de navio através do Armazém 10 da CDP. As praias de Salvaterra recebem  mais influência da baia do Marajó enquanto Soure recebe em sua costa maior quantidade de água do mar e as duas  disputam a preferência dos turistas que no final acabam curtindo as praias de toda a região. Os hotéis são para todo o gosto e bolso como a Pousada dos Guarás em Salvaterra, e os hoteis  Ilha do Marajó e Casarão em Soure, com atendimentos personalizados, ótima culinária e áreas de lazer. Custam em média cerca de 150 reais a diária. Mas existem diversas pousadas com preços menores.  O navio Soure faz a travessia em duas horas e meia partindo do Armazém 10 e oferece sala VIP, espaço de contemplação e beliches tipo suíte para os mais exigentes.

 No Marajó, você não se estressa com congestionamentos, assaltos, acidentes e altos custos para tudo. Um peixe ao molho  de camarão para duas pessoas custa em média 35 reais em um bom restaurante, mas uma refeição comercial de boa qualidade sai por 12 reais. O mais barato ainda é o camarão com açaí, cinco reais por pessoa. Esqueça o asfalto. O Marajó guarda muitas surpresas para você.

 Fonte: Ass. de Comunicação/AMAM

 

 
  
 
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