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12/06/2013
Afuá
DALCÍDIO JURANDIR
 

Dalcídio Jurandir, nasceu na Vila de Ponta de Pedras, Ilha de Marajó, Pará, no dia 10 de janeiro de 1909. Filho de Alfredo do Nascimento Pereira e Margarida Ramos.

 

 

1910

Muda-se para Vila de Cachoeira, na mesma ilha, onde o pai exerce o cargo de secretário da Intendência Municipal, passa a infância e aprende as primeiras letras em casa, com a mãe.

 

1916

Entra na Escola Mista Estadual dirigida pela professora Lucinda Simões. Em casa, lê alguns livros da estante do seu pai.

 

1921

Freqüenta o curso primário do professor Francisco Leão.

 

1922

Segue para Belém, onde se matricula no terceiro ano elementar do Grupo Escolar Barão do Rio Branco, hospedando-se em casa de parentes.

 

1924

Obtém o certificado de estudos primários.

 

1925

Matricula-se no Ginásio Paes de Carvalho, sem fazer os preparatórios, devido à situação financeira e por inibição

 

1927

Cancelada sua matrícula no ginásio, não concluindo o segundo ano.

 

1928

Viaja para o Rio de Janeiro a bordo do navio Loide Duque de Caxias.

 

No Rio, sem meios de sobrevivência, trabalha como lavador de pratos no Café e Restaurante São Silvestre, á Rua Conselheiro Zacarias, no bairro da Saúde.

 

Semanas depois, é admitido como revisor, sem remuneração, na redação da Revista Fon-Fon. Regressa a Belém a bordo do mesmo navio, onde trabalha na copa.

 

Enquanto isso, seu amigo Doutor Raynero Maroja empresta-lhe livros de clássicos portugueses e de poetas nacionais, lendo Fialho, Castilho, Augusto dos Anjos, Guerra Junqueira, Cruz e Souza, e Balzac, dentre outros.

 

1929

Sendo Raynero Maroja intendente Municipal de Gurupá, no Baixo Amazonas, nomeia-o secretário tesoureiro da Intendência Municipal, seguindo para Gurupá em outubro.

 

Escreve a primeira versão de Chove nos Campos de Cachoeira.

 

1930

Deixa o cargo em novembro, indo trabalhar num barracão comercial à margem do rio Baquiá, região das Ilhas, município de Gurupá.

 

Dalcídio, ensina as primeiras letras aos dois filhos do proprietário do barracão: Paes Barreto, o qual se tornara seu amigo.

 

1931

Conclui um livro de contos e um romance, onde narra lembranças da infância em Marajó. Faz versos e descreve paisagens.

 

Retorna a Belém, sem emprego. Graças a amigos, é nomeado auxiliar de gabinete da Interventoria do Estado.

 

Colabora nos jornais: O Imparcial, Crítica e Estado do Pará.

 

1932

É transferido como 1º oficial para a Secretaria da Polícia Civil, mas pede para ser lotado como 2º oficial, na Diretoria de Educação e Ensino, no que é atendido.

 

1933

Promovido a 1º oficial da mesma Diretoria. Exerce a função de secretário da Revista Escola.

 

1935

Aos 26 anos, casa-se com Guiomarina Luzia Freire.

 

Colabora nas Revistas Guajarina e a Semana, e no jornal Estado do Pará.

 

É preso, incomunicável, por suas idéias esquerdistas, tendo participado ativamente do movimento da Aliança Nacional Libertadora, conseguindo, a custo levar consigo o Dom Quixote, de Cervantes, que lê na prisão, nos dois meses que lá permanece.

 

1936

Nasce seu primeiro filho, Alfredo..

 

1937

Alfredo falece aos onze meses.

 

Nasce no mês de agosto, João Sérgio, segundo filho.

 

Novamente preso na cadeia de São José, devido a campanha contra o facismo, permanecendo três meses.

 

1938

Volta às suas funções na Diretoria de Educação e Ensino.

 

1939

Vai para Salvaterra, Marajó, exercendo em comissão o cargo de Inspetor Escolar.

 

Reescreve Chove nos Campos de Cachoeira e escreve seu segundo romance, Marinatambalo, que publicará mais tarde sob o título de Marajó.

 

Colabora nas revistas: Terra Imatura e Pará Ilustrado.

 

1940

Nasce no mês de maio, José Roberto, terceiro filho.

 

Segue para Santarém, Baixo Amazonas, para exercer as funções de secretário da Secretaria do Recenseamento.

 

Obtém o primeiro lugar no concurso literário instituído pelo jornal Dom Casmurro e pela Editora Vecchi, concorrendo com quase uma centena de escritores.

 

Faziam parte da comissão julgadora: Jorge Amado, Raquel de Queiroz, Oswaldo de Andrade, Álvaro Moreyra.

 

1941

É lançado no Rio de Janeiro, pela Editora Vecchi, Chove nosCampos de Cachoeira.

 

Regressa a Belém. Trabalha na Delegacia de Recenseamento.

 

Viaja para o Rio de Janeiro, estabelecendo residência com sua família.

 

 

1942

Nasce sua filha Margarida Maria.

 

Trabalha na redação do jornal O Radical.

 

1943

É redator do semanário político Diretrizes, assina colunas, faz reportagens.

 

1944

Sendo fechada Diretrizes, passa a redigir textos publicitários e legendas para filmes de educação sanitária no Serviço Especial de Saúde Pública-SESP. Colabora nos jornais: Diário de Notícias, no Correio da Manhã e na revista Leitura.

 

1945

Faz parte da redação do Jornal Tribuna Popular. Colabora no O Jornal e na revista O Cruzeiro.

 

1946

Redator do jornal Tribuna Popular. Colabora no semanário A Classe Operária.

 

1947

Seu segundo romance, Marajó, é editado pela Livraria José Olympio Editora, sendo tão aclamado pela crítica considerado importante documento etnográfico e socilógico, além de suas qualidades como obra humana e literária.

 

1950

Como repórter do jornal Imprensa Popular, viaja para o Rio Grande do Sul onde faz pesquisas acerca do movimento operário do porto do Rio Grande, já concatenando as idéias para o livro Linha do Parque, que escreve entre 1951 a 1955.

 

1952

Viagem á União Soviética, fazendo parte de uma delegação de escritores e jornalistas.

 

1953

Viaja ao Chile para participar do Congresso Continental de Cultura.

 

1956

Trabalha na redação do semanário Para Todos, sob a direção de Jorge Amado.

 

1958

Publica pela Livraria Martins Editora, seu terceiro romance Três Casa e Um Rio.

 

1959

Publica o romance Linha do Parque, pela Editorial Vitória.

 

Este livro não pertence a série Extremo-Norte.

 

1960

Publica Belém do Grão Pará, pela Livraria Martins Editora, com o qual recebe o prêmio Paula Brito, da Biblioteca do Estado da Guanabara e o prêmio Luiza Cláudio de Souza, instituído pelo Pen Clube do Brasil.

 

1961

Falece aos 24 anos, seu filho João Sérgio.

 

1962

É lançado em Moscou, a edição russa do livro Linha do Parque, apresentado por Jorge Amado.

 

1963

Publica Passagem dos Inocentes, pela Livraria Martins Editora, quinto romance da série Extremo-Norte, planejada para dez volumes.

 

1967

Conclui o romance, Os Habitantes

 

1968

Publica Primeira Manhã, pela Livraria Martins Editora.

Conclui Chão do Lobos, penúltimo romance da série Extremo-Norte.

 

1970

Conclui Ribanceira, último romance da série.

 

1972

Recebe o prêmio Machado de Assis, pelo conjunto de obras, concedido pela Academia Brasileira de Letras.

 

1973

Recebe o título honorífico de Honra ao Mérito, da Assembléia Legislativa do Estado do Pará, pelos serviços prestados como escritor e jornalista.

 

1974

O livro Belém do Grão Pará, é publicado em Portugal pela Publicações Europa-América, com preâmbulo do escritor português Ferreira de Castro.

 

1976

É lançada a segunda edição de Chove nos Campos de Cachoeira, pela Livraria Editora Cátedra.

 

Publica Os Habitantes pela Editora Artenova.

 

Publica Chão de Lobos, pela Distribuidora Record Editora.

 

1978

Publica Ribanceira, pela Distribuidora Record Editora.

 

1979

Falece no dia 16 de junho, na cidade do Rio de Janeiro,com a doença mal de Parkinson, que a considerava cruel, pois afetava o que era sua riqueza única: o cérebro.

 

O prefeito do Rio de Janeiro, Israel Klabin, dá seu nome a uma rua da Barra da Tijuca.

 

Foi sepultado no Cemitério São João Batista – Botafogo – RJ.

 

1984

Reedição de Passagem do Inocentes – Falângola Editora

 

1987

Reedição de Linha do Parque – Falângola Editora

 

1990

É assinado contrato de cinco anos, no Rio de Janeiro, entre e viúva Guiomarina Freire Pereira e a Editora Cejup, para reeditar toda a sua obra.

 

1991

Publicado o livro Chove nos Campos de Cachoeira- 3ª edição

Editora Cejup.

 

1992

Publicao o livro Marajó – 3ª edição-Editora Cejup.

 

1994

Publicado o livro Três Casas e Um Rio – 3ª edição-Editora Cejup.

Falece Guiomarina Freire Pereira na cidade de Areal-RJ onde residia seu filho, José Roberto.

 

1998

Edição Crítica de Chove nos Campos de Cachoeira – Universidade da Amazônia-UNAMA.

 

2001

Concorreu com outras personalidades ao título de “Paraense do Século”.

 

Colóquio Dalcídio Jurandir, em homenagem aos 60 anos da primeira edição de Chove nos Campos de Cachoeira.

 

2003

Doado pelos herdeiros, o acervo do escritor à Fundação Casa de Rui Barbosa.

 

No dia 10 de dezembro, foi fundado o Instituto Dalcídio Jurandir, na cidade do Rio de Janeiro.

 

2004

Reedição do livro Belém do Grão Pará, em co-edição da Fundação Casa de Rui Barbosa e Universidade Federal do Pará.

 

Patrono da VIII Feira Pan-Amazônica do Livro.

 

2006

Publicado o livro Dalcídio Jurandir – Romancista da Amazônia(Literatura e Memória) – Parceria Secretaria de Cultura do Pará-SECULT e Fundação Casa de Rui Barbosa.

 

2008

O Governo do Estado do Pará, instituiu o Prêmio de Literatura Dalcídio Jurandir através da Fundação Cultural Tancredo Neves.

 

Extinção do Instituto Dalcídio Jurandir.

 

Foi criada a Casa de Cultura Dalcídio Jurandir no dia 15 de dezembro na cidade de Niterói RJ, assumindo como presidente e vice-presidente seus filhos José Roberto Freire Pereira e Margarida Pereira Benincasa, respectivamente.

 

2009

Centenário de Nascimento

 

Fonte: Dalcidio Jurandir

 

Comunicação/AMAM
 
  
 
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