Talen Gemaque Magalhães, 25 anos,
foi preso na Ilha do Marajó. O homem é acusado de homicídio, latrocínio e roubo
qualificado. Além disso, é suspeito de ter participação em outros assaltos a
embarcações nos rios no Pará. Ontem à tarde, o pirata chegou até a sede do
Grupamento Fluvial, que investiga os crimes em Belém. O homem é suspeito de
integrar uma quadrilha de ratos d’água, conhecida por ter como líderes os
integrantes de uma mesma família: os caterpillas. Em 2011, Talen foi acusado de
integrar o bando que assaltou a embarcação Arca da Aliança. Na ocasião uma
estudante universitária foi morta. Diretor do Grupamento Fluvial, o delegado
Dilermando Dantas explica que a prisão é o resultado positivo dos esforços da
delegacia fluvial, que desde fevereiro 2016 iniciou a investigação e nos
últimos meses se intensificaram. “A prisão deste indivíduo ocorreu agora e não
desde o assalto de 2011 porque ele conseguiu fugir para a Vila de Jenipapo, um
local de difícil acesso. Cada vez que a Polícia chegava, ele ia mais para
dentro do mato. Vez ou outra é que vinha para Belém e cometia assaltos”, diz o
delegado.
Talen é acusado pelo latrocínio
da jovem universitária em 2011; em 2014, ele foi acusado por um homicídio no
bairro do Jurunas e em 2016 ele foi acusado de invadir e roubar uma empresa de
pesca, localizada no bairro da Pratinha. “Fora outros assaltos que ele é
suspeito. Ele é violento na ação criminosa. As investigações do modus operandi
revelaram que ele era o mais violento, torturava e humilhava o que podia as
vítimas. A ficha criminal dele dá conta da pessoa violenta que ele é”, afirma
Dantas. As investigações foram comandadas pelo delegado Arthur Braga, diretor
da Delegacia Fluvial. Ele explica que a comunidade onde o acusado estava
escondido é de difícil acesso. Durante um período do ano, o acesso é feito
apenas por barco; outro período apenas com motocicletas ou somente por búfalos.
Ontem à tarde, o homem chegou a Belém. Talen, conhecido como “Rodrigo
Capivara”, assumiu apenas o homicídio que ocorreu no bairro do Jurunas. A
vítima foi Ricardo Mattos, morto na época com 14 facadas. Apesar da brutalidade
do crime, o acusado alega legítima defesa. “Estávamos investigando há algum
tempo e ele possui mandado de prisão preventiva decretado. “Sabíamos que ele
estava nessa comunidade, localizada próximo à cidade de Santa Cruz do Arari, no
Marajó, repassamos aos policiais civis de lá, e eles conseguiram na manhã de
segunda prender o acusado. A população sempre ajuda a Polícia e, nesse caso,
também. Por meio de informações anônimas, logramos êxito em encontrá-lo.
Pelo
tamanho dele você não do nada, mas com uma arma! Ele já deveria estar preso,
mas devido as condições do local era muito difícil concretizar a prisão”,
explica o delegado Braga.
Fonte: O Liberal