Calçar sacolas plásticas nos pés saiu de moda em Bagre, na verdade era uma necessidade, com as ruas sujas cheias de mato e muita lama. Para sair de casa era preciso coragem e destreza, pior para os moradores dos bairros periféricos, que ainda precisavam ser equilibrar em pontes de madeiras totalmente destruídas.
“Lembro que tínhamos de amarrar sacolas nos pés para poder sair de casa, no inverno era muito pior. Hoje ficou melhor pra todo mundo, inclusive pro carreteiros que trabalham entregando mercadoria por toda a cidade”.
Manoel Texeira, secretário municipal de Meio Ambiente.
Atualmente, a prefeitura executa o maior plano de urbanismo da historia do município, até agora aproximadamente 70% das ruas do município foram aterradas, limpas e ampliadas. Além disso, novas vias foram abertas, e a estrada que liga a cidade ao Balneário Praia da Costa também está sendo aterrada.
Pra quem não conhece a geografia e o terreno da região, pode parecer simples o aterro de ruas. No entanto, é preciso lembrar que Bagre é uma ilha dentro da mesorregião do Marajó, e para trazer o aterro até o município foi preciso montar toda uma estrutura.
Todo o aterro usado nas ruas e na verdade uma piçarra que vem do município de Portel, o que encarece e dificulta o processo, pois são dias de viagem para ir buscar o aterro e voltar até Bagre, além de ter que dispor uma grande mão de obra.
“Eu moro aqui com a minha família há 10 anos, e foram 10 anos em cima de pontes, agora com a rua aterrada até segurança melhorou”.
Bento Alves, comerciante morador da Rua Fernando Guilhon.
