A Ministra da Família e Direitos Humanos, Damares Alves, anunciou aos prefeitos marajoaras presentes ao Encontro Abrace o Marajó, realizado em Breves semana passada, que o Presidente Jair Bolsonaro deverá recebe-los em Brasília em futuro próximo para tratar de políticas desenvolvimentistas tanto sociais quanto econômicas.
O presidente da Associação dos Municípios do Marajó, (AMAM), e prefeito de Muaná, Murilo Guimarães, entregou à ministra dois documentos contendo as demandas prioritárias para a região colhidas junto aos prefeitos e secretarias municipais.
Na questão do atendimento à assistência e combate ao abuso sexual, motivo principal do projeto Abrace o Marajó, as prefeituras pleiteiam mais estrutura aos Conselhos Tutelares; ações enérgicas no combate à exploração sexual e trabalho infantil; coibir a violência contra mulheres, crianças e idosos; novas oficinas e cursos de qualificação com recursos financeiros e materiais para as famílias montarem seus negócios geradores de renda, dentre outros.
Os prefeitos Murilo e Toninho Barbosa, anfitrião do evento, falaram da possibilidade da Petrobrás retomar a exploração do poço de petróleo descoberto no rio Macaquinho nos anos 90, que certamente geraria riquezas imensas à toda região do Marajó, através de empregos, impostos, aquecimento do comércio e os royalties. O poço está situado no município de Breves, e segundo as pesquisas, mostrou-se viável comercialmente. Ele contem um óleo de qualidade e pode gerar imensas divisas ao país e ao Estado do Pará.
A ministra Damares garantiu que irá discutir com o presidente Bolsonaro essa questão já que o poço está perfurado e depende apenas de equipamentos para fazê-lo jorrar. Outras necessidades como a retomada do projeto da energia elétrica em todo território; saneamento e água tratada nas cidades e interior em comunidades ribeirinhas; melhoria do ensino médio e a implantação da Universidade Federal do Marajó, estavam contidos no documento Fator Marajó.
A proposta é que o Governo Federal entenda as especificidades da região na composição dos cálculos dos programas e ações executadas que sempre demandam mais recursos pela distância dos grandes centros. Os prefeitos apelam para a instalação de aterros sanitários, construção de pequenos matadouros e maior apoio à agricultura familiar. Esses e outros assuntos constam no documento que a AMAM fez chegar ao presidente através da ministra Damares.